ATUALIZAÇÃO - 17 de julho de 2019: O presidente da região da Ligúria, na Itália, onde fica a sede do Hospital Infantil Gaslini, em Gênova, manifestou-se a favor da transferência de Tafida para lá, elogiando a excelência médica e a humanidade do hospital. O hospital de Gaslini também confirmou que, no dia 5 de julho, uma equipe de especialistas enviou documentos ao Royal London e também realizou uma videoconferência com os médicos de Tafida.
Tafida Raqeeb é uma garotinha de cinco anos que está em coma profundo há alguns meses após um sangramento no cérebro. Por causa disso, médicos querem tirar a vida dela.
Até poucos meses atrás, Tafida Raqeeb era uma criança saudável de 4 anos de idade. De acordo com seus pais, sua alegria tocava os corações de todos que ela conhecia. A tragédia ocorreu na noite de 9 de fevereiro deste ano, quando a pequena Tafida de repente foi levada ao hospital quando ela caiu inconsciente depois de sofrer uma má formação arteriovenosa (AVM), que causou um sangramento e a colocou em parada cardíaca e respiratória.
Após uma longa cirurgia cerebral no hospital do King's College, os médicos informaram a seus pais que ela estava com morte cerebral e que consideravam fazer os preparativos para o funeral. Um teste do tronco encefálico indicou que Tafida não atendeu à qualificação de “morte encefálica”.
A família procurou conselho de vários neurocirurgiões independentes, um dos quais diagnosticou Tafida como estando em coma profundo, um fato do qual eles não tinham sido previamente informados. Um neurologista sênior avaliou Tafida e informou a seus pais que ela estava começando a sair de um coma profundo e precisava de tempo para se recuperar – um processo que poderia levar até um ano.
Após o teste inicial do tronco encefálico, a equipe médica que tratava de Tafida reuniu-se com a família muitas vezes para sugerir que a vida dela fosse interrompida, mas seus pais recusaram a sugestão. O assunto foi então descartado. Nos dois meses seguintes, a família de Tafida começou a notar alguns pequenos sinais de melhora em sua condição, como abrir os olhos e começar a mover os membros.
Tafida foi então transferida para o Royal London Hospital, onde foi confirmado que ela seria submetida a uma traqueostomia, que é um tratamento padrão, e que havia a possibilidade de ela ir para casa, onde sua recuperação poderia continuar.
Nesse interim, Tafida sofreu uma série de contratempos e seus pais foram informados várias vezes para se preparar para sua morte, mas ela lutou em todas as ocasiões, sobrevivendo a um período crítico inicial no qual sua morte foi considerada inevitável.
Há algumas semanas, os pais de Tafida se reuniram com a equipe médica. Na ocasião foram informados de que os médicos pretendiam tomar medidas para acabar com a vida da menina e, se não concordassem, seriam levados ao tribunal.
Dois especialistas do hospital infantil de Gaslini, em Gênova, afirmaram que estão dispostos a tratar Tafida. O hospital Royal London se recusa a admitir que existe alguma esperança para ela, apesar do fato de ela ser capaz de engolir e reagir à dor.
O estado não é dono de nossos filhos e o Sistema Nacional de Saúde britânico não deve desperdiçar recursos preciosos na forma de honorários legais. Eles deveriam deixar Tafida ser transferida.
Nenhum pai ou mãe deve estar na situação de ter que lutar contra o Estado pelo direito de seu filho receber tratamento com financiamento privado. É justo que esta menina tenha a chance de se recuperar. O fato de um hospital não quer tratá-la não dá a ele o direito de impedir que outros médicos a ajudem. Diga ao hospital Royal London para libertar Tafida e dar uma chance a esta linda garotinha.